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Teutoluz - Blog Lista
01.10.2014
Projeto transforma dejetos de animais em eletricidade

Agricultores de Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná, começaram a ganhar dinheiro com um projeto que transforma o dejeto de animais das propriedades em energia elétrica. Há cerca de um mês, o  Condomínio de Agroenergia para Agricultura Familiar Sanga Ajuricaba passou a integrar o Sistema Interligado Nacional (SIN), que serve para distribuir a eletricidade pelo país. A unidade, que vinha sendo testada desde 2009, é a menor das que compõem o SIN.

A energia elétrica é produzida com o uso do biogás, que surge com a decomposição dos dejetos animais. A Companhia Paranaense de Energia (Copel) é quem compra a eletricidade, para distribuir no SNI.

O biogás é produzido com a participação de 33 famílias cooperadas ao condomínio. Para conseguir gerar energia, os produtores transferem os dejetos de suínos ou gados leiteiros para biodigestores instalados nas propriedades rurais. Nesses biodigestores, é extraído o gás metano, que gera a energia. Os biodigestores são conectados à microcentral por um gasoduto de 25 km de extensão que ligam as propriedades rurais.

Nesses primeiros meses, o motor da microcentral ficará ligado 10 horas por dia, mas o objetivo é que, com o passar do tempo, ele permaneça ligado 24 horas e atinja a capacidade máxima de 80 quilowatt (kW). "Os agricultoes usam boa parte do biogás nas propriedades, então agora no início ainda é pouca a energia vendida para a Copel", diz o assessor do gabinete da prefeitura de Marechal Cândido Rondon, Itamar Dall Agnol.

As famílias usam o biogás para substituir o gás de cozinha e aquecer a água do sistema de ordenha das propriedades. O restante vai para o SNIl e o valor da energia gerada é descontada pela Copel da conta de energia dos prédios públicos da prefeitura da cidade. A prefeitura, então, repassa o dinheiro economizado ao Condomínio.

"Como é o primeiro mês a gente imagina que seja repassado o valor de R$ 8 a R$ 12 mil e a cooperativa vai poder decidir se dividi esse valor ou investe em outros projetos de melhorias", comenta Dall Agnoll. São gerados 24 mil (kWh por mês, o suficiente para abastecer 150 casas, segundo a Itaipu Binacional que lidera o projeto.

Além da economia no consumo de energia elétrica, o principal objetivo do projeto, segundo o assessor, era solucionar um problema da poluição do solo e das nascentes causadas pelos dejetos descartados no meio-ambiente. "O investimento do município foi nesse sentido, de resolver a questão ambiental e ter um projeto modelo, inclusive para propriedades particulares, que agora tem uma tecnologia eficiente que também pode ser implantada em grandes empresas", afirma.

"É um trabalho que tem que ser feito todos os dias, é uma rotina que a gente tem a mais, mas além da economia no gasto de energia, agora fica tudo mais limpo, não tem mais cheio e insetos. Foi uma solução que trouxe benefícios", conta o presidente do Cooperativa de Produtores de Agroenergia do Paraná (Cooperbiogás), Elmiro. 

 

Disponível em:  http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2014/09/projeto-no-parana-transforma-dejetos-de-animais-em-eletricidade-e-lucro.html

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